Sorriste-me na soleira da porta

Data 05/06/2025 09:53:44 | Tópico: Sonetos

Sorriste-me na soleira da porta,
Enquanto me davas a fina mão,
E eu a medo entrei com esta alma morta,
Dormi no leito do teu coração.

Fui sonâmbulo da tua paixão,
Tomado por algo que ao mal exorta,
E tão cego na minha escuridão,
Nada fiz daquilo que ao peito importa.

Ora me acenas da janela tua,
Ora se despe a minha alma tão nua,
E morro mil vezes num só viver…

Ora não crês neste meu bem-querer,
Ora me deste a vida e vês morrer,
Abandonado entre as gentes da rua.

30 de Setembro de 2002



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