Vagões da vida fácil

Data 05/06/2025 15:39:41 | Tópico: Poemas


Anjos e Santos
À volta do pranto
Que eu canto
No dorso de versos soltos

Em cada verso
A reza dum terço,
Em cada lágrima, o começo
Do mundo que não pertenço

Cobrar de mim
A razão da palavra,
É despir a sombra
No fundo do vazio sem fim

Vender sonhos
Nos vagões da vida fácil,
É acto de quem faz da vida fútil,
O garrimpo de ganhos alheios

Em noites sem sono,
A poesia é a salvação,
Recitada com paixão
Pelos grilos escondidos atrás do pano caído

Adelino Gomes-nhaca


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