
Contradição (soneto)
Data 03/07/2025 22:11:53 | Tópico: Sonetos
| Se eu peço a este soneto que compaixão Não seja opoente ao coração enamorado Tão pouco o fado rebelde e despreciado Se versar com afeto traz branda sensação
De onde vem tão truculenta inspiração Duns versos que se mostram obrigado A causar no contrário, tão desesperado Na ilusão, e feito a modo de divagação
Minha poesia inquieta e falante chora Num prosar que está a cantar e, assim, Tão encharcado de suspiro, vêm fora
Aparenta então que na rima sofrente Minha poesia vive a chorar por mim Só para ver a insatisfação contente.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado 03 julho 2025, 18’58” – Araguari, MG
Protegido por Lei de Direitos Autorais (9.610/98) Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol - poeta do cerrado
|
|