
As vozes da ignorância
Data 07/07/2025 12:48:35 | Tópico: Poemas -> Intervenção
| Gritam alto os arautos da ignorância, Erguendo verdades de barro em púlpitos de vidro. Quanto mais vazio o eco, Mais longe ressoa na praça. Eles vestem certezas como armaduras, Mas combatem com lanças de vento. E o povo os aplaude, Sem perceber que a tempestade já começou. A ignorância não chega sozinha, Ela desfila em palanques dourados, Com vozes treinadas a soar como sabedoria Num mundo que esqueceu de escutar. São vozes que incham sob refletores, Mas secam à sombra do silêncio pensante. Seus discursos não alimentam, inflamam, Como tochas em palha seca. A verdade sussurra por entre as folhas, Mas os tambores da ignorância marcham firmes. Nem sempre quem grita mais Tem algo útil a dizer. Poema: Odair José, Poeta Cacerense www.odairpoetacacerense.blogspot.com
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