ERRÔNEO

Data 16/07/2025 10:21:34 | Tópico: Sonetos

ERRÔNEO

Não escrevo senão do que não sei,
Em meio a pensamentos imperfeitos.
Confuso, eu exaltei os meus defeitos
E todos os alertas desdenhei.

Dos néscios mais vadios eu fui rei,
Com fumaças de ideal e vãos preceitos.
Filósofo do nada, quis afeitos
Aqueles cujo mal não enxerguei.

Duvide do que afirmo quem me lê!
Saiba não estar diante d'um notável,
Se tais versos ao acaso por fim vê.

Por linhas tortas, quis a vida mais bonita.
É, senão impossível, improvável.
Haver verdade em mim ou minha escrita…

Betim - 15 07 2025



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