Amazônida flor de maio

Data 22/07/2025 19:26:32 | Tópico: Poemas

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A poesia amalgamada oxida
os sonhos inacabados
e encontram palavras grifadas
em garrafais silêncios de cordas azuis
vibrantes são as do coração
que não cabem nas mãos
escorregando pelos dedos indicadores
sinalizando que é hora que é
para parar de sangrar
rascunhando canções e rumores,
gritos em ecos de minh'alma
abafados no acalmar da tempestade
servindo de lição cobertas de solidão
hoje límpidos feito nuvens de algodão
as frases correm e falam de coisas
guardadas na gaveta da mente
vezes sã, vezes nem tanto...
...

Poesias feitas nas reticências das cores
da floresta que serve de abrigo amazônida
florescendo nuances que aquarelam o tempo
movido pelas chuvas no monte verde
d'onde mora o poema d'antes coberto de dor
na triade fronteira da primavera exposta
que serve de abrigo no lago azul
aprofundando a qualquer custo o luto
que luto em deixar longe
mas, não há sossego nas folhas das árvores
onde a tempestade se transforma em brisa suave.

Na amazonida flor de maio funebre.

Será que é fácil fazer a poesia parar de sangrar?

Ray Nascimento



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