
Pai José - IV O serralheiro e o italiano
Data 27/07/2025 11:37:28 | Tópico: Poemas
| IV O serralheiro e o italiano Depois de terminar meu trabalho no Mercado de Peixe, merendei um pedaço de bolo de tapioca com café na banca de uma velha amiga. Todas as sextas e sábados trabalho lá carregando o peixe no carrinho de mão até a parada de ônibus ou ao Mercado Central e as vezes na Feira da Praia Grande, a famosa Casa de Tulhas. Às oito horas da manhã, seguia pela rua de Manga para vender os peixes que ganhei no Mercado. Quando o braço do carrinho de mão quebrou. Fiquei um pouco irritado, mas estava perto da oficina do meu amigo Poeta, na calçada da Fábrica de Gelo do Sr. Eneas,no beco . Ele é pequena, feita de madeira. O serralheiro estava batendo um ferro quente na bigorna. Sentado na frente da porta, o soldador Carrinho soldava uma cruz. O serralheiro também é conhecido como poeta, parou o trabalho e olhou-me . Deixou o martelo na bigorna e veio falar comigo. – “Olá, meu amigo, pai Joseph!” disse sorrindo – “Como o senhor está?” – “Levando conforme as graças do Senhor”- respondi. O soldador Carrinho parou seu trabalho e me encarou: - “Oi, pai Joseph!” – “Oi, o soldador meu amigo”.O serralheiro observou o carrinho de mão e perguntou: - “Meu amigo, você quer soldar o braço do carrinho de mão”? Apontado com a mão o braço quebrado. – “Ok, meu amigo”. O soldador levantou-se do seu pequeno banco de ferro e veio apanhar o carrinho de mão e o braço quebrado. Ele os levou para a bancada, e com grande cuidado começou a soldá-lo. Quando um homem de cabelos brancos, loiros e olhos verdes se aproxima do serralheiro e poeta, parado perto da porta. – “Buongiorno, mi chiamo Alfredo e io voglio fare devido ferro portone” - Falou olhando para o poeta serralheiro. Meu amigo, o serralheiro permaneceu um pouco confuso, não entendeu bulhufas O homem, o signor Alfredo continuou falando em italiano. Eu aproximei-me deles. Meu amigo, o serralheiro, não entendia nada. Então, eu falei com o italiano: - “Buongiorno, mio amico non parla italiano”- disse-lhe; O italiano olhou-me surpreso. – “E tu parle italiano?” perguntou-me bruscamente irônico. – “Si, parlo un pó”. – “Come ti chiame?” – “Mi chiamo Jose, io sono amico del fabbro e voi come ti chiamate?” – “Mi chiamo Alfredo, io sono italiano - io ho comprato una casa nella Via jacinto Maia e io voglio due portone.” Balancei minha cabeça e traduzi para meu amigo serralheiro. – “O Nome dele é Alfredo, comprou uma casa na rua Jacinto Maia e quer fazer dois portões” Meu amigo o serralheiro riu um pouco. O italiano me olhou atônito e também riu. O serralheiro entrou em sua pequena oficina e apanhou a trena e uma caderneta e acompanhou Seu Alfredo. O soldador me chamou: "Pronto, soldei o braço de seu carro de mão, padre Joseph", disse com a mão na cabeça. Aproximei-me dele para olhar melhor a solda - meus peixes estavam na calçada - caminhões carregavam as barras de gelo para colocar as grandes caixas de madeira cheias de peixe. A soldador voltou para o seu lugar...Levei o carro de mão e coloquei os peixes nele. O soldador ergue-se e vem até mim olhando o peixe. – “Quanto é a solda, meu amigo”? perguntei-lhe. Olhou para os peixes como um gato olhando um pássaro e para mim – “Nada”, - “Você quer peixe?” Assentiu com alegria. – “Então escolha e pegue” - peixe seria para o almoço. E muito feliz pegou três peixes. – “Obrigado, meu bom padre Joseph” - e segui para Mercado Grande vende-los. O cheiro da sopa me fez voltar à realidade, meu amigo Faim latindo lá de cima. Entornei um copo de conhaque,do litro que comprei com dinheiro do peixe que vendi no mercado. É hora do almoço
Depois de terminar meu trabalho no Mercado de Peixe, merendei um pedaço de bolo de tapioca com café na banca de uma velha amiga. Todas as sextas e sábados trabalho lá carregando o peixe no carrinho de mão até a parada de ônibus ou ao Mercado Central e as vezes na Feira da Praia Grande, a famosa Casa de Tulhas. Às oito horas da manhã, seguia pela rua de Manga para vender os peixes que ganhei no Mercado. Quando o braço do carrinho de mão quebrou. Fiquei um pouco irritado, mas estava perto da oficina do meu amigo Poeta, na calçada da Fábrica de Gelo do Sr. Eneas,no beco . Ele é pequena, feita de madeira. O serralheiro estava batendo um ferro quente na bigorna. Sentado na frente da porta, o soldador Carrinho soldava uma cruz. O serralheiro também é conhecido como poeta, parou o trabalho e olhou-me . Deixou o martelo na bigorna e veio falar comigo. – “Olá, meu amigo, pai Joseph!” disse sorrindo – “Como o senhor está?” – “Levando conforme as graças do Senhor”- respondi. O soldador Carrinho parou seu trabalho e me encarou: - “Oi, pai Joseph!” – “Oi, o soldador meu amigo”.O serralheiro observou o carrinho de mão e perguntou: - “Meu amigo, você quer soldar o braço do carrinho de mão”? Apontado com a mão o braço quebrado. – “Ok, meu amigo”. O soldador levantou-se do seu pequeno banco de ferro e veio apanhar o carrinho de mão e o braço quebrado. Ele os levou para a bancada, e com grande cuidado começou a soldá-lo. Quando um homem de cabelos brancos, loiros e olhos verdes se aproxima do serralheiro e poeta, parado perto da porta. – “Buongiorno, mi chiamo Alfredo e io voglio fare devido ferro portone” - Falou olhando para o poeta serralheiro. Meu amigo, o serralheiro permaneceu um pouco confuso, não entendeu bulhufas O homem, o signor Alfredo continuou falando em italiano. Eu aproximei-me deles. Meu amigo, o serralheiro, não entendia nada. Então, eu falei com o italiano: - “Buongiorno, mio amico non parla italiano”- disse-lhe; O italiano olhou-me surpreso. – “E tu parle italiano?” perguntou-me bruscamente irônico. – “Si, parlo un pó”. – “Come ti chiame?” – “Mi chiamo Jose, io sono amico del fabbro e voi come ti chiamate?” – “Mi chiamo Alfredo, io sono italiano - io ho comprato una casa nella Via jacinto Maia e io voglio due portone.” Balancei minha cabeça e traduzi para meu amigo serralheiro. – “O Nome dele é Alfredo, comprou uma casa na rua Jacinto Maia e quer fazer dois portões” Meu amigo o serralheiro riu um pouco. O italiano me olhou atônito e também riu. O serralheiro entrou em sua pequena oficina e apanhou a trena e uma caderneta e acompanhou Seu Alfredo. O soldador me chamou: "Pronto, soldei o braço de seu carro de mão, padre Joseph", disse com a mão na cabeça. Aproximei-me dele para olhar melhor a solda - meus peixes estavam na calçada - caminhões carregavam as barras de gelo para colocar as grandes caixas de madeira cheias de peixe. A soldador voltou para o seu lugar...Levei o carro de mão e coloquei os peixes nele. O soldador ergue-se e vem até mim olhando o peixe. – “Quanto é a solda, meu amigo”? perguntei-lhe. Olhou para os peixes como um gato olhando um pássaro e para mim – “Nada”, - “Você quer peixe?” Assentiu com alegria. – “Então escolha e pegue” - peixe seria para o almoço. E muito feliz pegou três peixes. – “Obrigado, meu bom padre Joseph” - e segui para Mercado Grande vende-los. O cheiro da sopa me fez voltar à realidade, meu amigo Faim latindo lá de cima. Entornei um copo de conhaque,do litro que comprei com dinheiro do peixe que vendi no mercado. É hora do almoço
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