Manifesto de ser

Data 12/08/2025 09:12:23 | Tópico: Poemas




Não me venham com silêncio.
Eu sou barulho.
Sou trovão preso na garganta
sou incêndio que não se apaga.

A solidão tentou domar-me
pôs-me coleira
chamou-me fraca.

Mas eu mordi a mão
que me alimentava com migalhas de afeto.

Não sou ausência.
Sou excesso.
De pensamento
de desejo
de tudo o que não cabe em ninguém.

O mundo quis-me quieta
curvada
vazia.

Mas eu sou tempestade.
E tempestade não pede licença.

Se é para estar só
que seja com fúria.
Que o eco do meu grito
faça tremer os muros
dos limites que nunca me couberam.








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