Entre brasas e auroras

Data 27/08/2025 22:57:46 | Tópico: Poemas -> Amor

No teu sopro me acendo
relâmpago secreto no bolso
cartas ainda quentes das mãos.

Teu olhar transforma desertos em brasas
pássaro renascido, penas molhadas da chuva.

O teu amor é chão depois do abismo
força que range, estala
e abre luz no silêncio.

Cada palavra tua é maré de fogo
onde a ausência se curva
e o impossível se dobra.

Nas tuas mãos, até a dor vira orvalho
com cheiro de terra depois da lágrima.

Voar no teu amor é romper o silêncio
beber da manhã como se fosse água viva.

O teu amor é raiz e clarão
ferida que floresce,
e até o tempo se ajoelha à tua luz!




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