EM SILÊNCIO (soneto)

Data 02/09/2025 00:09:13 | Tópico: Poemas

VERSÃO I

Em seu suor me sinto colado,
Pulsando a vida em cada veia,
A cada batida, tecendo a teia,
Guardando seu respirar sagrado.

Enquanto dorme, fito acordado,
Nos sonhos, sob a luz serena,
Velo o descanso, a mão pequena,
No calor do teu corpo desejado.

Te sigo leve, dançando no espaço,
Percebo cada olhar, movimento,
A cada curva, mesmo compasso.

Se a tristeza tua face comove,
Digo: "tua alma é puro sentimento",
E é assim que teu mundo se move.

VERSÃO II

Em seu pulso trabalho calado,
Sentindo a vida em cada veia,
A cada batida, teço a teia
No tempo do teu peito guardado.

Enquanto dorme, velo acordado,
Nos sonhos onde a luz serpenteia,
No toque de pele, na lua cheia
No calor do corpo desejado.

Sigo tua dança, sombra e espaço,
Leio-te a alma em movimento,
Em cada curva, mesmo compasso.

Quando a tristeza te comove,
Sussurro: "és mais que sentimento"
— és única a paixão que me move.


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=380222