
Crepúsculo (soneto II)
Data 16/09/2025 23:29:55 | Tópico: Sonetos
| Cai a tarde no cerrado, numa sedução Lusco-fusco, que do horizonte emana E o vento numa brisa quente de verão Assopra as palhas da velha choupana
O Inambu-chororó e sua triste canção Por todo o planalto, soturno dimana O céu rubro, constelado, ó fascinação Corado manto, tanto, de graça insana
O contemplar arde a chama a apagar Onde a noite se fazendo todo ouvido Saracuras, bacuraus, sapos a coaxar
Rumorosos, atrativo que avulta o peito E que faz o devanear mais embevecido Neste crepúsculo de uma beleza feito.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado 16 setembro, 2025 – 19’32’ – Araguari, MG
Protegido por Lei de Direitos Autorais (9.610/98) Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol - poeta do cerrado
|
|