Monotonia (soneto)

Data 20/09/2025 17:40:54 | Tópico: Sonetos

Ó, cessai, que esse poetar angustia
Acorda a minha quietude, importuna
E, amplo com a saudade trás lacuna
Não dando os encantos que eu queria

É o desconforto que inspira a poesia
Vai-se com a solidão tão importuna
Cria ilusão, com o engano coaduna
Em versos num prosar sem sintonia

Encantos, desencantos, extravio
Cânticos tão cheio de monotonia
Que tedio amargo o sonho prova!

Ver sempre um poetar sem arrepio
Ou piedoso, choroso, triste agonia!
Ó, quem me dera uma paixão nova!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
20 setembro, 2025 – 14’02’ – Araguari, MG


Protegido por Lei de Direitos Autorais (9.610/98)
Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol - poeta do cerrado



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=380572