
Água turva e limpa
Data 18/10/2025 11:09:36 | Tópico: Poemas
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Água turva e limpa
O peso da consciência me curva, Parte mística parte física, humana Profunda, a minha ideia era vivê-la, E tentei viver nela, infecta, falhado
Vim vê-la, julga-se perfeita, assim Como julgo meus versos curvados, Avulsos quebrados, e com os quais Me satisfaço, disfarço o facho, curvo-
-Me a não ter nada, ser ninguém, Não ter consciência nem palmas, Tod'o prazer sendo fingido falso, Se recurva e me tortura, esfola
Assim a morte a obra morta, rala, Ralha-me devota a consciência, Revolta é uma espécie de crença, Emoção a livre expressão dela,
Assim como também a consciência, Não fala verdade aceitando igual, Desdobrando crença paternidade, É o que eu faço, desdobro-me em
Falsas dignidades embora me julgue Colosso d'Rodes, guerreio conceitos Contrários, "frisson" versus desapego, Separo a luz e a escuridão falhada,
Da ciência do que me vai na curva Da alma, desta alma turva e limpa, Que não se contenta em ser "uma", S'quer múltipla, ímpia e ela própria
Limpa, muito embora imprópria. Igual à água.
Joel Matos 19 Outubro 20/25
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