
Sal Marinho, lágrimas de mar.
Data 25/10/2025 10:22:10 | Tópico: Poemas
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Sal Marinho, lágrimas de mar.
Eu próprio sou, não aquilo que perdi, Mas aquele que perto de ser não foi, Fingi “de sê-lo”, fugi do quer que seja Narrável, simples dói, mas nã`tanto
E a queda, mais suave impede-me Cair parado na minha capacidade Limitada e finita, aliás um baixio Nas águas que secaram da Núbia,
Sendo agora o Nilo que me empurra, Chuva parada, porque não ele-eu, Pois não sou eu quem fala, mas outro Que nem eu próprio sou, que s’cuto
Com o pensamento, mas o instinto, Assim como uma mesa grand’posta Com tudo quanto sinto ou senti, grito Assim como se me tocassem do além,
O aço nem é tão frio, o brilho alucina De forma que eu próprio sou e sinto, Dor agonia, contentamento descontente, Descontinuado ou continuamente,
Perto do fim céus marfins, montes claros, À minha frente pacato, um regato Descreve a espaço que separa do mar Os meus ramos magros, sal marinho,
Lágrimas de mar…
Jorge Santos 25 Outubro20/25
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