 
  
    	A DISTÂNCIA APROXIMA O AMOR
    	Data 01/11/2025 22:25:27 | Tópico: Poemas -> Amor
 
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  Caminhando, ao sabor da brisa nocturna, com minhas roupas emitindo um estranho  bailado - pés descalços -,  percorro serenamente por sobre uma velha ponte de madeira, entrando rio adentro.
 
  Amarrado à ponte, há um pequeno barco, para não mais de duas pessoas.
 
  E conforme a ondulação, no seu vai e vem, assim ele se comporta, indo bater, de quando em vez, num dos postes, de há muito refúgio para crustáceos.  
 
  Indiferente, ao som surdo que tal impacto  provoca na madeira,  (propagando-se pela noite), sem qualquer hesitação, continuo o meu caminho:
 
  Até onde a ponte se encontra com as águas  do rio, em destino.
 
  Aí chegando, sentindo o ranger da madeira  antiga, pelo facto de nela me ter sentado, deslizo meus pés  mergulhando-os suavemente nas águas -
 
  onde uma figura, atrás de mim, parece observar-me de longe.
 
  Meu coração, sabe bem quem é e que não são só recordações nem ilusões, o que a  lua traz na sua meia luz. 
 
  E resistindo à tentação de espreitar, por de cima do meu ombro, chamo por teu nome, baixinho, enquanto vou aguardando que nova manhã se faça -
 
  e nos braços, um do outro, nos voltemos  a amar.
 
  Jorge Humberto 19/02/09
 
 
 
 
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