Verdade, em ditaduras, brilha forte, até que o mal suma

Data 23/11/2025 23:21:20 | Tópico: Poemas -> Reflexão

Quando a lei quebra a lei
Juízes punem inocentes
E bandidos são defendidos
Significa que o cavalo da morte veio
A destruir o firmamento que antepassados
Com calos nas mãos, suaram pra conseguir

A mentira tornou-se o natural
Dizer a verdade é punível
Com mais anos de prisão
Que terroristas e assassinos
Narcoestado, narcoterrorismo

Nas eras anteriores
Livros foram queimados, opositores também
A violência destrói o que é físico
Mas ideias, que estão no intimo
São fortalecidas nos corações

Ideias não mudam pela força
E ideias que não dão certo
Não tem poder de convencimento (ou, não deveriam ter. Alinhou-se uma constelação de palavras? vai saber)
Persistir na força só causará mais destruição
E, se possível for, grande trabalho demandará a reconstrução

Os mentirosos, em desespero,
Agora acreditam nas próprias mentiras
Perdidos estão em seus moinhos de esquemas
Ao ponto de acabar a vida serena

Querer viver do suor dos outros traz problema
Querer ser rico sem trabalhar traz negativas consequências
Não se pode negar a realidade
Nem distorcer com palavras o que o medo cala
Calar-se significa sufocar a alma
Mas não implica fazer sumir a verdade

Em tempos de violência, a violência torna-se normal
Em tempos de escravidão, a escravidão torna-se normal
Em tempos de coliseu, infelizes são devorados, e a massa aplaude
Mas no fim desses tempos, as vozes do futuro, ao passado retornam
Trazendo razão aos que perdidos estão (ou não)

Talvez a guerra seja o idioma da humanidade
Mocinho e vilão, destinados a uma sangrenta divisão
Ou talvez, vilão e mocinho
No fim, todos morrerão
Uns com arrependimentos, outros não

Mas o futuro vencerá o passado
E a verdade, a mentira
Até que o mundo se autodestrua,
Inocentes serão condenados
E psicopatas, condecorados
Mundo injusto que recompensa a injustiça
Cruel és com manicures e diaristas


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