abordagem

Data 04/12/2025 00:55:09 | Tópico: Prosas Poéticas




solta-te, dizia-lhe, deixa as margens e afunda os pés como o fazes d'Alma
as margens prendem-nos, protegem-nos e as tuas palavras são aves, não peixes
e ela sentava-se, molhava os pés e via o fundo do rio sem lhe poder tocar
e adiava... talvez amanhã, ou depois...
o soluço na garganta, o olhar perdido, fazendo acreditar que era temor, indiferença o que sentia

e adormecia
com o eco da sua voz
lamentando as rimas que não possuía


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