
Ouça-me, meros mortais!
Data 10/12/2025 17:02:14 | Tópico: Poemas -> Introspecção
| Por caminhos nunca antes trilhados, eu sigo. Não para ser visto, Mas para dizer. Minha voz já não se esconde nas dobras do medo. Ela aprende o peso do silêncio E escolhe, ainda assim, romper o ar. Falo ao coração dos ouvintes atentos, Não aos distraídos pela pressa, Nem aos satisfeitos com a superfície das coisas, Mas àqueles que tremem quando uma verdade encosta. Não há mais vergonha em ser inteiro. A vergonha agora é fingir cegueira, É ajoelhar diante da mediocridade E chamá-la de normalidade. Minha palavra não é afago fácil. É alerta. É espinho na almofada do conformismo. É farol para quem cansou de andar em círculos. Que minha voz incomode. Que provoque ruídos nas consciências adormecidas. Porque todo novo caminho Começa quando alguém ousa dizer O que muitos sentem, Mas não têm coragem de nomear. Poema: Odair José, Poeta Cacerense www.odairpoetacacerense.blogspot.com
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