Pós-Natal (144ª Poesia de um Canalha)

Data 27/12/2025 15:40:50 | Tópico: Poemas

Fina-se hoje o bom samaritano
De boas causas o efémero ego
Aquele que jura em juntos pés
Ser o ano inteiro mais humano
Que não espeta o último prego
Respeita por igual todas as fés

E é assim este mundo desigual
Pago e revendido tantas vezes
Minado por vis bombas-relógio
(E atrás dos silêncios) artificial
Há tantos anos e alguns meses
Morto e inerte quase necrológio

No dia seguinte vão os mesmos
Saciam-se os de sangues velhos
Mentes promíscuas sem destino
Insaciável vampiro sem sesmos
Demónio que os põe de joelhos
Hora em que sou igual e ali fino


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