INDETERMINADA

Data 22/05/2008 22:24:16 | Tópico: Sonetos

Esta alma que me veste indeterminada!
Não concisa, insolente e maldita!
Faz luzir de fogo as minhas palavras
E dedilhar de vez essas feridas!

Sou a indeterminante poesia riscada,
Dos gizes em quadros sem parede
Sou a inebriante adaga que maltrata
Quem penetrar nos cios desta mente!

Não me estudes mais, eu te aviso!
Ó lira que insiste em me riscar!
Ao seu redemoinho de loucura...

Não! Eu me censuro dessa fúria...
E quero apenas meus poemas levar,
Aos confins do sonho e do impreciso!


(Ledalge,2008)





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