
Entre Aspas
Data 23/05/2008 09:56:40 | Tópico: Poemas
| De vida fechada em aspas Por interrogações que a percorrem, Soltam-se em pronomes verbais Metáforas que fogem à caneta, Grafadas por tintas velhas e gastas. Páginas sujas que branqueiam Livres de vírgulas, pontos finais Ou de outro pecado que se cometa.
Quentes chuvas estivais Que se espojam paralelas neste chão Figurado a lentas pinceladas Por mão cega, deserta, Ligeiramente óbvias e fatais. Adagas cortantes em exclamação, Chorosas almas veladas... Porta aberta.
Luzes... luzes ofuscantes Que dançam penduradas no céu, Por entre nuvens cinzentas Que se moldam no olhar, No olhar dos viajantes, Em sombras de um véu Escuras, indivisas, agoirentas, Vestes funestas do meu mar.
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