PERFEIÇÃO

Data 24/05/2008 17:00:23 | Tópico: Sonetos

Dentro dos limites da ironia,
Da inconsciência laboriosa humana,
Viajo para dentro de ti noite e dia;
Se me abraças faminto, se me soltas insana!

Dos gozos e galas e malas desfeitas,
Vaga a corrente das membranas,
Dos teus membros infiéis, ateias...
A vastidão das palavras profanas!

Como o bárbaro menino que fere n'olhar!
Tens o limítrofe em tuas esquinas,
Querendo desposar em matizes de alegria...

Mas, não passas de um triste despojo!
Que chora mil palavras em desgosto...
Tudo pois, não tiveste quem amar!


(Ledalge,2008)


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=38531