Morro e nada sinto

Data 26/05/2008 19:50:04 | Tópico: Poemas

Com a alma escurecida,
Caminho entre as sombras,
Espero não ser vista,
Escondo-me das pessoas.

Não é dor o que sinto,
Pesam as correntes que puxam,
O que antes era uma planície, tornou-se um abismo,
As flores vivas agora murcham.

Escorre vivo pela fenda,
Aberta que tentei tapar,
Disfarço enquanto segue,
Por um rumo que não tem volta a dar.

Sinto e não sinto,
O gelo que arde, na fortaleza afogada,
As lágrimas escorrem…
A alma está presa, amarrada.

Larguei-me na sarjeta,
Sem amor-próprio, nem piedade,
Agora afundo como uma rocha,
Num mar de liberdade.



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=38768