
Para Camões MMMMDLXXIX
Data 27/05/2008 11:30:24 | Tópico: Acrósticos
| Negam-se os corpos caídos, Agonias gritadas nos calabouços, Orgulhos de homens possuídos.
Noite cega e virgem, Olhos que de sangue se tingem.
Piedade que se implora Ouvida hoje Além-Mar, Desta voz que ainda chora Esquecida e secular.
Egrégios senhores deste mundo, Sinistros, que iludem a história, Talhantes de carne humana... Ogres de tempos idos. Reis nunca nascidos Videntes de Deusa profana, Augúrios de má memória Recordados em abismo profundo.
Qual vida que nos espera, Urgente tomada de rumo Entre olhares de piedosa fera.
Dilacera-se o céu azulado Enfeitado de mil Sóis, Segredado em fúteis desejos. Travam-se duelos precários, Inebriam-se eloquentes homens, Negreiros e ditadores vários Amordaçados por fatais ensejos, Déspotas em seus anzóis, Ondas do mar calado. 7ª Estrofe do Canto sexto d'"Os Lusíadas"
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