ÂNGELUS

Data 28/05/2008 14:03:46 | Tópico: Sonetos

Na hora do ângelus, o céu ponteia;
Líneas azuis, em pratas que adormecem.
A pomba branca voa infinita e gorjeia;
Que é a hora então, quando o céu estremece!

Seguem as nuvens em coro, em prece!
Na procissão pela escadaria plangente.
Vi que o crepúsculo em flores desce...
E que os mortais oram ardentemente!

Pedindo às estrelas luzidias,
Que acolham a alma dos insanos!
E que a paz ostente nos corações tiranos!

Como o próprio relicário da florida,
Saudade, dos que foram sem a vida...
E que nos esperam encontrar em outro plano!


(Ledalge, feito aqui na escrivaninha do Luso, no dia de hoje)





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