Mergulhei o Horizonte

Data 28/05/2008 18:51:03 | Tópico: Poemas

Atormentado, evitando o desígnio
A dor solta-se, gritando,
Transpira a alma segura, domínio
A morte deixa um sabor inevitável.

Sinto-me engrandecer
Os olhos vertem, os...
Os olhos sentem, mergulhados em mim,
A maré revolta-se, os corrpos nus.

Eu e os meus dragões
Ou eu e, os meus fantasmas,
Deixo aqui pegadas
Palavras ensinadas, sacrificadas.

Atormentado, evitando o destino
Fico esperando, quando penetras em mim
Química desigual, parece o fim,
Sinto-me engrandecer, enfim.

Eu e os meus sonhos
Desatradamente aos encontrões
As paredes sujas de palavras
Foram os sonhos assassinados, emoções.

Cresci e mergulhei no que vi
Vontade de navegar os teus seios
Loucura, filosofia, tenho medos,
Mergulhar o corpo e não ter meios.

Atormentado, por não ser nada,
Seja: Por não ser nem saber nada.
A dor rasga-me, as veias sangram,
As palavras são agora, alma, estrada.

Eu e os meus pensamentos
Deitado no horizonte despido
Vingo a aurora com momentos
Divago silencioso, olhos, o sorriso...

Atormentado, mergulho a vida,
Um prazer imaculado, teu corpo,
Envolvência sinistra, será meu um dia...
A morte deixa um sabor inevitável...

Sim.

Estou morto.

Paulo Themudo in "Fui... O que já não sou!..."




Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=38973