Terra Mãe

Data 30/05/2008 16:04:21 | Tópico: Poemas

Adeus Alentejo, terra feita de mim
De onde ilusão fiz minha vida.
Tuas paredes em branco caiadas,
O velho relógio do alto Castelo
Onde esqueci as doce badaladas
Lembro essa infância fugida
Pintada nestas memórias, assim.

As calçadas macias e molhadas
Que ao Sol são cor que choveu,
Estão aqui de lágrimas forradas
Pelo amor qu'em mim se perdeu.

Adeus Alentejo de nobres cores,
Terra mãe que me viu nascer.
Trigueiral de mil sabores
De horizontes belos e rosados
Em que cantas teus pastores,
Dá-me esses olhos para eu morrer
No chão fecundo de tuas flores.

Lembro quando de ti escrevia
Ao alvo brilho da tua Lua,
Que mais nada de ti queria
Senão minha vida também tua.



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