POETA

Data 02/06/2008 12:24:31 | Tópico: Sonetos


A bater-se com moinhos de vento
sobre o fiel cavalo imaginário
fez do seu verso seu itinerário
cegas paixões tomou por alimento

lança não teve em nenhum momento
pois de armas sempre mostrou-se contrário
trancou as mágoas todas num sacrário
dormiu nos bares sem constrangimento

perdeu mil noites em perdidas rimas
ora muito ricas ora tão comuns
devotou crença ao bom ladrão São Dimas

quando seus dinheiros eram já nenhuns
quis as palavras mais que irmãs ou primas
foi chamado louco na boca de uns

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júlio


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