Agridoce

Data 02/06/2008 17:58:54 | Tópico: Poemas

Ah! Os Perfumes que giram no opaco,
Que colorem toda a imensidão infernal,
Que radiam o vazio, o espaço,
Que trazem os odores do ancestral,
Saboreio-os de forma igual…

O gosto do mel verde,
Do limão açucarado,
Flui pela ribanceira do meu corpo,
Com o seu sabor de amargo agrado.

A alma azeda docemente,
Com os sabores e dissabores da vida,
Bebo rápido o seu elixir,
Para reflorescer a margarida,
Rebelde em mim, vencida!

Como te venero mistério!
Dos espíritos e da vida…
Pois não és agre, nem meloso,
És a medida bastante merecida,
Agridoce da minha certeza movida.





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