A vontade rendeu-se

Data 20/02/2007 23:12:02 | Tópico: Poemas

avanço
sem resguardo
quando me lanço
à chuva miúda
que, sem descanso
cai muda...
cai e desnuda
a minha vontade
que se afunda
e morre funda
de morte profunda.

recolhe-se,
em boa verdade,
por quebra
ou descrer de sobra
na força já ida
que me deixou a vida
mal entregue...

que ninguém negue
que querer
diverge de fazer
e que sem resguardo
vai-se a vontade.

Valdevinoxis


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=3954