Sem abrigo, sem tudo e sem nada
Data 05/06/2008 08:22:32 | Tópico: Poemas -> Dedicatória
| Sem abrigo, sem Amor Com frio, com fome
Inexistente para os políticos Invisível para os executivos Vivo à margem, num canto Procurando uma réstia de alimento Nos contentores dos senhores Amnésia da minha família Ingratidão dos meus ex-amigos
No metro vendo "Cais" Sem abrigo, sem tecto
Só o sol é verdadeiramente democrático Nesta sociedade podre De camas de cartão
Anjos humanos despertam na noite Para servir as nossas sopas A troco de um sorriso, que tudo lhes paga
Sem abrigo, sem tudo
Assistentes sociais Dos gabinetes acondicionados Dos horários de escritório Que nada fazem, e tudo ganham
Sem abrigo, sem nada
Um homem não é pobre se nada tiver Um homem só é pobre, se nada Amar...
Pedro Lopes (direitos reservados)
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