Para Camões MMMMDLXXXIV

Data 07/06/2008 10:37:29 | Tópico: Acrósticos

Desafios de um homem só
Armado em boa hora cavaleiro,
Quixote de ferozes batalhas,
Ultraje de destino selado
Eleito das quentes mortalhas,
Levado em sombras de nevoeiro,
Eis a espada tornada pó.

Adejantes memórias que em vida ficam.

Querubim de reino conquistado
Unido em tomados castros,
Em enorme céu cavalgado,
Mitigado entre nuvens e astros.

Oh, marinheiro de mar revolto!

Mestre de ódios sem razão,
Alto senhor de glórias terrenas
Roubado a toda uma nação.

Cárcere da vida e da história
Adulado em velhos compêndios,
Imaginários de eterna vitória
Ungida em inimigos vilipêndios.

Ergue-se tua silhueta no horizonte
Mergulhada no deserto triunfante.

Sebastião, Rei de louvor Lusitano,
Outro heróico nome de estandarte.
Relembrado sobre moura valentia,
Trovado em alto baluarte,
Em grave mundo desumano.

Oitavo e último verso da sétima estrofe do Canto VI d'"Os Lusíadas"



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