Parceria: António Aleixo & Maria José Limeira

Data 17/06/2008 01:14:14 | Tópico: Poemas -> Fantasia

QUADRAS
António Aleixo & Maria José Limeira


Talvez paz no mundo houvesse
Embora tal não pareça,
Se o coração não estivesse
Tão distante da cabeça.
(António Aleixo)


Enquanto a Paz não vem,
a gente canta dobrado.
O amor é mais de cem
contra um só guarda armado.
(Maria José Limeira)


Depois de tanta desordem,
Depois de tam dura prova,
Deve vir a nova ordem,
Se vier a ordem nova
(António Aleixo)


A ordem agora é amar,
na mais feliz maratona.
Quem ama encontra o lar.
Quem não ama cai na lona.
(Maria José Limeira)


Embora os meus olhos sejam
Os mais pequenos do mundo,
O que importa é que eles vejam
O que os homens são no fundo.
(António Aleixo)


O que é bom está guardado.
O mal é bom jogar fora.
Quem é feliz dança o fado.
Quem dá adeus vai embora.
(Maria José Limeira)


Não é só na grande terra
Que os poetas cantam bem:
Os rouxinóis são da serra
E cantam como ninguém.
(António Aleixo)


Quem canta é passarinho.
Quem rima é bom poeta.
Roupa torta, desalinho
e finalidade, meta.
(Maria José Limeira).


Quem prende a água que corre
É por si próprio enganado.
O ribeirinho não morre,
Vai correr por todo lado.
(António Aleixo)


Há os rios temporários
e as águas permanentes.
Há fusos que são horários.
Há animais que são gentes.
(Maria José Limeira)


Que o mundo está mal, dizemos
E vai de mal a pior;
E, afinal, nada fazemos
Para que ele seja melhor.
(António Aleixo)


Quem deseja a mudança
vai ter de alterar rotina.
Esperar somente cansa.
Tem que trocar a bobina.
(Maria José Limeira)



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