É tremenda a minha loucura

Data 20/06/2008 10:37:05 | Tópico: Poemas

Não queiras ver para lá do horizonte
Só porque o brilho e o calor do sol lá se esconde
Vê mais perto observa que a lua também brilha
E o teu sorriso também é estrela que me ilumina
Olhar penetrante em condições melancólicas
Semblante escuro fruto de noites alcoólicas
Sólida membrana que um dia foi corrompida
Vulto num assunto numa cruz muito sentida
Fôlego abafado pelo próprio socorro
Deus eu já te imploro leva para longe o meu choro
Sou teu filho, não me conheces? Sou Jesus Cristo!!!
Como não te lembras de mim com todo este amor que eu conquisto
Toda esta fé que eu transporto no meu peito
Como cai em esquecimento de ti senhor perfeito
Sou o teu eleito cá na terra pela tua mão
Eu guio toda esta gente que ainda vive da recordação
Lembranças que tornam tudo muito mais difícil
Quando eu penso que tudo passou volta tudo ao princípio
Dor que me come dor que me tira a fome
Dor que me trata mal dor que a força consome
Apoio num depoimento sóbrio com ódio
Tenho tanta raiva dentro de mim que o meu sangue diz “Fode-o”
E eu fodo-o como se fosse a minha ultima foda
Mas no fim a proposição mantém-me a cabeça a roda
Ai Deus, não quero o adeus
És meu criador dos meus e de todos os céus
Como posso eu odiar-te assim tanto
Se tu sempre estiveste aí calmo no teu canto
Tu matas a minha sede meu Deus Poeta
Os meus sonhos voam contigo na cauda de um cometa
Mas hoje em dia nem a agua me tira a sede
Afogo-me em álcool para poder adormecer mais cedo
E a cabeça doida zonza peia como a minha epopeia
É o único impedimento de não amar que me mantém preso nesta teia
Cabeça louca que eu tenho e não vejo remédio
Louco loucamente dupla personalidade sou esquizofrénico
Sério segue-o seriamente serenamente
Vivo vivamente com a vicissitude de uma cabeça demente
Sou doente e já não tenho cura
Sou agora o eterno poeta que não muda de postura
Palavras que ficam por serem ditas
Visão enevoada que me prejudica
Tudo tem um tempo para ser dito e compreendido
Ate a minha loucura e o amor corrompido
É tremenda a minha loucura que não tem emenda
E se assim o é que assim o seja e que tudo isto se torne em lenda
E agora vejo apenas com a visão do Senhor
Serei um dia aclamado como o seu escritor.



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