
UMA CRÔNICA POLICIAL
Data 24/06/2008 13:45:20 | Tópico: Contos
| A Dalton Trevisan, com respeito
Deu-se que João matou Maria. Foi depois de um baile de carnaval. A faca gritou surda e cega. A mulher não teve tempo de pedir piedade. - Meu homem, não me mate! - apenas urrou Uma, duas, três facadas. O sangue lhe jorrou da boca. Jato vermelho. Rápido. Sem tempo de respirar. João volta à padaria. Pede uma pinga. O sangue ainda está na camisa.Presente aniversário. Alguns confetes na cabeça. Lembra a modinha: "Pedacinhos coloridos de saudade..." Entorna a segunda pinga. O policial entra na padaria: -O senhor está preso! Abaixa a cabeça. É réu confesso. Entrega as mãos para trás.As algemas são cuidadosamente enfiadas.
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júlio
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