Sem mãos

Data 25/06/2008 00:23:23 | Tópico: Poemas -> Tristeza

Hoje abri o anel de prata.
Nele não havia veneno, era oco...
e vazio ecoava.
Nem perfume... nenhum odor exalava.
Vi num filme banal, que o pranto não seca a dor.
Deduzi que molha a alma encharcada.

também sou banal!

Quando bati em sua porta não mandei ninguém por mim!

Mas mesmo assim não fui eu, era a idéia...
Foi aquilo que vi de longe, enviado por ti.
Então quem bateu foi você.

Meu passo chega a ti. Mas me sinto com talidomida,
sem mãos.
E como um palíndromo, recebo o que sai de mim.
Leio de trás pra frente. Dá no mesmo
E não é tão bom!? Mas são apenas gestos distantes.

O que é angústia?



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