FRACOS

Data 26/06/2008 18:43:04 | Tópico: Sonetos

" Fracos, odeio a inércia e detesto a fraqueza.
Prefiro a mão que esmaga ou que vira o punhal "
(Júlia Cortines, 1900)
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A mão que morde, bate e alimenta,
É como o frio no horror do corpo!
Fraco como o sol a fugir da teia,
E os vitrais a se quebrarem loucos!

Fraco como as demências humanas!
Nas tantas solidões das casas,
Das xícaras de café mundanas!
Fraco é esse mundo sem asas!

Fraca sou eu, a eremita vazia!
O orvalho morto nas paredes da alma...
Fraca, eu sei que sou erguida...

Pelos tijolos esmagados da vida!
Pelos ventos em caracóis sem calma...
Assim, sou eu, assim é meu dia!


(Ledalge, FRACOS)


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