Prostitutas de minha rua
Data 28/06/2008 03:15:45 | Tópico: Poemas -> Sociais
| Prostitutas desprotegidas na noite única e úmida, passeando na rua cravejada de lembranças, asfalto moribundo esquentado pelo sangue dos inocentes, levanta-se o profeta em mais uma andança.
No frio singular e no repicar dos sinos meu conforto, da varanda de onde partirá o querido suicida, atento ao movimento das árvores balouçantes detrás do muro branco, na impenetrável floresta de sonhos arruinados e planos.
Minha rua fechada a grades de campo da morte, assiste a degenerada busca pela sobrevivência tristes vizinhas loiras em cigarros consomem estrelas, sonhando com dias melhores.
Perto mora o meu amor,através de becos estreitos a encontro n`outro bairro ladeira, passageiro no trem da fumaça parda de trajetória vulgar, homicidas cantarolam o lucro de mais uma criança corrompida, enquanto suas mentes são embaladas pela fórmula psicoativa.
Desta rua sem saída,larga e sem carros, pulsante e tímida esperança assola os antigos moradores, ressentidos de tanta violência e perfídia, trancados a ferro e fogo vingando-se em desejos assassinos.
Prostitutas passeiam nas ruas feridas, longe de terrenos seguros, despedidas, aceno para a rua que me habita, decadente construção interpretando alegria.
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