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 EfemeridadeData 28/06/2008 08:06:52 | Tópico: Poemas -> Desilusão
 
 |  | Não me peças um tempo vazio de mim
 Porque teimas em te asilar
 Não me vires as costas da displicência!
 Que obcecação em te distanciar!
 
 Porque aferrolhas o acesso ao teu mundo?
 Que segredos escondes de derrotas e glória
 E que não podes partilhar?
 Que sótãos te envolvem construídos na memória!
 Que caves obscuras te acolhem
 E onde me impedes de entrar?
 
 Não me implores um tempo despojado de sentires!
 Porque enlouqueço no meu próprio casulo
 Prisioneira de mim e de qual imposta norma!
 De que outro talhe se exerce a liberdade?
 Senão obedecendo a uma consciência autónoma!
 Mesmo que me leve ao hospício
 Mantenho-me recta e em dever
 Mas cumpri-lo é um destempero e suplício!
 
 Estou cansada de amar quem não quer ser amado!
 Esgotada de correr atrás de quem se esquiva ao destino
 Desalentada com outros orbes enigmáticos de fatuidade
 Desanimada com marasmo e egotismo
 Que não o meu universo de diafaneidade!
 
 
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