
Do início ao fim
Data 02/03/2007 11:32:54 | Tópico: Poemas
| Corro, corro, corro como um louco, Não há espaço, só escuridão, Um mar de águas cálidas, E o iminente momento da aflição.
No caminho estreito, o tempo estático, Transtorno, agressões, Uma mudança brusca, E me entrego aos tubarões.
Corro, corro, corro como um louco, Não vejo nada, Só a claridade de um universo iluminado, Não há controle, grito.
Meu grito se funde aos sons Que atordoam, confundem, Acalmam, alimentam, E agora, me adormecem.
Corro, corro, corro como um louco, Há muito a ver, formas, cores, E também a sentir, Além do perfume das flores.
Há muito a ouvir, Experiências, observações, Há muito a descobrir Em um universo de informações.
Corro, corro, corro como um louco, Tudo se confunde em minha mente, Faces, luzes, opções, E o impulso incontrolável de ir em frente.
Corro, corro, corro como um louco, Tudo vai, tudo vem, Tudo passa, E eu também.
Corro, corro, corro como um louco, Procuro não desistir, Caio, levanto, Sigo em frente e continuo a fugir.
Corro, corro, corro como um louco, Tento não cair, Não tenho fôlego, Nem desejo de insurgir.
Corro, corro, corro como posso, E chego a um pequeno espelho quebrado, Onde o reflexo mostra, Que poderia apenas ter andado.
|
|