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Data 03/07/2008 17:10:34 | Tópico: Poemas -> Religião

Eleve a criança morta nas águas de batizado
e devore sua coroa de espinhos,
agarre o pequeno corpo de braços e pernas pendentes balouçando loucamente em mãos inseguras.

Retinindo distante sinos marcam as horas que passam despercebidas pelo Deus cego que barganha almas,
não há tempo para lamentações, não há tempo para lágrimas,
no inconsolável fechar de olhos.

Joelhos machucados oram no chão maculado,
estigmas e milagres nas palavras do santo falso,
desejos e símbolos fálicos enterrados vulgarmente
na Maria desvriginada, prostituta do Diabo.

De pecado em pecado a construção de um novo templo
catástrófico o megalomaníaco assegura a pretensa força,
tombando infiéis sob tortura bendita,
perdendo batalhas contra freiras desenvergonhadas
sequer medita,prefere prosseguir
em sua incáculável bíblia de mentiras,
vidas inocentes escorrem amargas fora de Sodoma,
sob as bênçãos malévolas de Cristo.




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