A Carta Que Nunca Te Escrevi ou a Simples Confissão do Meu Maior Crime (Parte XI)

Data 11/07/2008 13:58:05 | Tópico: Prosas Poéticas

Ousei ferir de morte o meu pensamento, pô-lo em grilhetas e proibi-lo de suspirar por ti.
Porquê? Porque se ele suspira, a mim dói-me! O simples recordar das tuas feições em forma de sorriso faz-me sentir que não me mereço, que não mereço sequer pensar ou fazer sofrer.
As tuas pétalas têm crescido mesmo sem que eu as trate com o carinho de antes, és forte e consegues fazer do dia de ontem muitos outros dias que ainda te esperam. Já eu não, limito-me a concorrer com o passado para me lembrar que houve ontem, que respiro, que penso, que não te esqueço e que todas as noites olho a mesma Lua que tu.
Existem tantas parecenças naquilo que nos distingue um do outro... duas faces da mesma moeda onde o meu lado está mais gasto que o teu, em que o teu brilha mais que o meu.
Se pudesse, se soubesse o que realmente sinto, arriscaria a enviar-te todas palavras que escrevo para ninguém e em que o destinatário é sempre o mesmo, és tu! Sei que já o disse antes, mas tenho esta necessidade de vincar sentimentos, talvez magoar alguém e só tu podes mudar isso!
Gostaria de te desafiar a dizer aquilo que te receio dizer, a ver se assim alguém mostrava coragem ou loucura.


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