CARRUAGENS ALVIRRUBRAS

Data 11/07/2008 22:00:27 | Tópico: Poemas -> Surrealistas

Em um sonho alado
Em que eu era Cinderela às avessas
Rubros alvirrubros sopros de vendavais
Patranhas...entranhas...lanhas...abissais
Ternura, abóboda celeste...enlouquece
A febre terçã cura-se com o êxtase
Da meia-noite e num açoite
Carruagem virou ilusão
Devassa...embasa...engasga... de tanta altivez
Prisma dos prismas; relação matemática
Análise sintática! Corre! Agora é hora!
Vai! Apressa-te viola
O carro passa, o bonde chega, a viola canta, a Cinderela se enfeita
Anda! Grita, alto! Mais alto!
Alvéolo de mel
Pinta a tela do salto, pula o muro do céu
E corre, já é hora!
Não se perca, meia-noite chega
Alva como os montes
Rubra como os rostos
Açoites nos cavalos
Pulos altos...escrotos...estalos
Galopeiras galopando o galope da gazela
Voa Cinderela...anda Cinderela!
Adormece e acorda sob a luz de velas...


LEDALGE, 12/09/2006 23:30:17

ESTE POEMA É O MAIS FANTASIOSO QUE CRIEI EM TODA MINHA VIDA. HOJE CRIEI CORAGEM PRA TRAZÊ-LO AQUI.


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=43882