O anoitecer, que corta...
Data 05/03/2007 15:49:17 | Tópico: Textos
| Quando é noite, navalha. Os raios da mágoa, despontam com seus brandais, entre as luzes, cintilantes sobre postes, a vista. Não há muito para ver, um guisar Numa saudade só, que afaga a alma Leva a calma, se fica só, a doer. Num pensar, da noite, navalha Que vem, calada, castiga E sobre túmulos se vão as dálias, que cheiram Flores, que dão, vão, essa... E fica, a noite, as marcas Quando é noite, as águas param O ser cessa do sem, lastimando E fica uma dor cortante, alancear Que se guarda, mas ao ser É noite, E quando o é, navalha Sem cabo para se guardar E se permitir um tempo, reerguer. É noite, navalha...
|
|