
A segunda morte
Data 14/07/2008 14:08:40 | Tópico: Poemas -> Tristeza
| Perlustrando este vasto horizonte de desgraças, Eflúveos de mil lembranças empilhadas no amargo mausoléu, Quando enlanguescido retorno para casa; Mas quanta falta sinto de Carla!
Plenilúnio encantado de mil sombras e presságios vagos, Exânime apenas fito o vazio de alma cinzenta que agarrada a um tênue fio de vida Perde-se em devaneios blasfemos quando choro E prostrado odeio-me.
Sem o toque de teus lábios doces como vinho, O olhar confortador do afeto mútuo e a tez pálida na penumbra do quarto, De mãos cálidas carinhosamente em meu rosto cansado, E carícias devassas de freira possuída, Não resistirei.
Do caráter irrepreensível e da cultura vasta, Da paixão de amante insaciável e sincera,, Principalmente pela salvação daquele que envolvido pela tragédia, Marcava encontro com o anjo normalmente indesejado, em paixão instantânea de destino traçado.
No silêncio desta solidão perversa, Já debilitado ,redobrada intensidade de patológicos infortúnios abatem-se sobre mim, Meu estertor parece vir como dádiva irônica, Pois de tristeza em tristeza vou despedaçando este magro invólucro, E em breve estarei junto a ela no Reino dos mortos.
|
|