
CANTEMOS À VIDA
Data 15/07/2008 12:00:14 | Tópico: Poemas -> Alegria
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Cantemos todos a canção da fraternidade, sem olhar a raças ou culturas vigentes.
Cantemos da natureza a força da humanidade, bem tratando todos os seres viventes.
Ainda há tempo para reformular o Mundo, se baixarmos aos olhos dos que sofrem.
Cientes do que vemos nasceu para ser fecundo, e que as desgraças com panos não se cobrem.
Ao Homem e ao Animal, devemos cuidados, que a ambos vem o direito de aqui procriar.
Dum ao outro não merecem ímpeto de coitados, muito menos aligeirarmos, o rápido rarear.
Aprendamos todos com a rara beleza de uma criança, sem instintos maldosos nem pensamentos vis.
Será dela um dia, toda a nossa fugidia esperança, a mesma que de água enchemos nossos cantis.
Vagabundos passeamo-nos, por ruas e sonhos, e o que levamos em nosso bornal, no cimento feneceu.
Deixemos a porta aberta, onde nascem os medronhos, que pela manhã partem, quem de nós escarneceu.
É que a mentira é de difícil convívio, de quem julga, que pode passar pelo mundo impune.
Tenhamos para nós então, esse grato alívio, de fazermos na vida o que na vida não nos pune.
Durmo à beira de mim, em dilectos jardins; de mim me esqueço mas apresso o meu passo,
para vos mostrar, que todos os princípios têm seus fins, que tudo em nós permanece, num simples abraço.
Jorge Humberto 14/07/08
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