da morte da palavra

Data 16/07/2008 03:11:08 | Tópico: Poemas

Há dias assim em que a poesia espera
As mãos do poeta que, inadvertido,
Dá-se como presa e a palavra, fera,
Morre intocada, sem soltar gemido.

Qual bicho medonho, irreconhecível,
Essa palavra morta treme, recortada
De sílaba em sílaba, mas indivisível,
No sepulcro frio da folha amassada.




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