Meu amor

Data 17/07/2008 18:41:11 | Tópico: Acrósticos

O mistério do amor nasceu dentro de mim e tomou conta de todo o meu ser, da minha vontade, do meu pensamento, dos meus atos. O mistério do amor chegou e se alojou em mim, querida.

Não sei como, nem como foi. Apenas nasceu. Ah, e eu que era tão infeliz e despreocupado antes, como um barco à deriva. Eu que sentia da vida apenas os momentos mais felizes, mais inexpressivos. De repente, senti que não tinha vivido antes e ainda agora eu me pergunto assombrado. Porque não consegui viver antes? Por que tudo isso tinha que acontecer?

Não sei. Apenas aconteceu... Você veio...
Não sei de onde... Surgiu... Olhou em meus olhos, sua voz era música aos meus ouvidos... O simples contato de suas mãos fazia tremer todo meu corpo. Sentia que amava... De repente comecei a notar que havia mais brilho no luar... Que havia mais brilho nas estrelas... Que a brisa era uma carícia meiga... Que o luar era uma bênção luminosa.

Eu sorria a propósito de qualquer coisa... Eu não me reconhecia mais... Senti que era amor... E que esse amor era você... Senti que minha vida estava intimamente ligada à sua... por qualquer estranho laço inexplicável.

E desde então, querida, sou apenas um pouco de você. Um pouco de você que eu amo com toda força de minha alma. Um pouco de você é tudo para mim... Desde que o mistério do amor nasceu dentro de minha alma, querida...


Dia longo e sem graça, que se estende preguiçoso nos braços da tarde que expira...

Sim, querido! A tarde suspira pela voz da brisa que desfolha rosas solitárias, e que rouba às flores do jardim, o que de mais preciosos elas têm: o perfume e o viço.

E a noite também desce. Vem de longe, lá dos países banhados de sol, onde outros mares, cantam outras cantigas, onde outras estrelas deslumbram outros olhares que não os nossos. E eu, preguiçosa perdida na vastidão do universo, fico pensando em você. Fico pensando nos momentos de saudade e tristeza que estou vivendo.

Sozinha dentro da noite, assim como estive sozinha nessa última tarde cheia de murmúrios e tristezas, porque eu não o tenho ao meu lado, querido. O sol deixa de iluminar e aquecer, eu não consigo ter olhos para vir mais nada e sinto um frio terrível. Quanta falta sua presença me faz, querido.

Por que você não vem? Por que não volta para mim, querido?

Eu quisera que você estivesse sempre ao meu lado, para que os dias fossem menos longos, menos tediosos e menos tristes. E então, eu poderia dizer que houve um verdadeiro sentido na existência.

Que minhas horas de solidão não são tão vazias.

E que vivo por você, meu ideal... Você que é tudo para mim, querido...





Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=44608