A PALAVRA

Data 18/07/2008 16:13:23 | Tópico: Poemas

Aquela pergunta que se faz,
Num certo momento… crucial
Sobre uma guerra que mata,
Porque procura aquela paz
Do bem e do mal.
O que não ata nem desata.

Momentos que fogem
Por entre dedos que já não fecham,
Os punhos cerrados
Dos homens que não morrem
E da dor dos que já não se levantam
Para serem chorados.

Passam os dias,
Os meses, os anos…
As vidas.
Momentos que querias,
Em pensamentos insanos,
Matar com guerras santas.

Já não há cemitérios,
Enchem-se as praças
De cheiros nauseabundos
Flutuando dos necrotérios.
Juntam-se as massas
Contra soldados vagabundos.



Da guerra não há culpa
Nem de quem matar,
Nem de quem morrer.
Só os Homens não têm desculpa
Pois querem amar,
Sem querer.

Palavras a mais,
Menos ainda se faz…
Faz-se o medo
Das merdas reais.
Acaba o respeito por quem jaz,
Por quem morre cedo.

É de amor que por aí se fala
Nestes tempos que por aí correm,
Mas o que há para os que sofrem…
Em comum… uma vala.


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