CANTIGA À LUCIDEZ

Data 20/07/2008 14:32:50 | Tópico: Sonetos




São estrelas ocas estas minhas opalas!
Que trago amordaçadas no meu peito...
Um punhado de lucidez às malas,
Feitas, dia a dia no meu leito!

Choro lágrimas trancadas, profundas;
Restos de paixões que já não tenho.
Lúcida? Talvez eu já me iluda...
Que tenho amor a habitar os meus anseios.

Jóia rara é o semblante dos que amam!
Que se entregam à lucidez dos eleitos.
Não! Já não tenho mais minhas armas...

As perdi no coração, e tranquei as travas,
Dos que se entregam sem pudor, e que desfeitos
Todos os sonhos são loucuras dos que clamam!

(Ledalge, CANTIGA À LUCIDEZ)


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